26 abril 2008

Mãe ensina médicos a lidar com crianças que sofrem de autismo

Portia Iverson falou durante a Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia. Ela também pediu mais pesquisas e novos remédios contra a doença.


Cerca de 200 neurologistas, com anos de experiência em sua área, lotam a sala. Na frente de todos está Portia Iverson, de fala pausada, dando explicações detalhadas para a platéia formada quase que exclusivamente por pessoas com muito mais conhecimento científico do que ela. Mas quem é essa mulher sem formação acadêmica que ousa ensinar cientistas? A resposta é simples: Portia Iverson é mãe. E não qualquer mãe. Ela é mãe de Dov, um jovem americano diagnosticado aos três anos de idade com autismo severo. Desde que descobriu a doença, Iverson e seu marido se dedicaram à causa das crianças autistas e fundaram uma organização não-governamental que pede mais pesquisas sobre a doença – a CAN, sigla em inglês para “Curem o Autismo Agora”, que também significa algo como “é possível” .



Portia Iverson foi uma das convidadas especiais da Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, em Chicago, nos Estados Unidos. Sua missão? Ensinar os médicos a lidar com crianças autistas, baseada em sua experiência de mais de dez anos cuidando de Dov. E mais: contar os principais problemas que ela enfrenta, para tentar sensibilizar e oferecer informações para novas pesquisas na área.



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http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL400192-5603,00-MAE+ENSINA+MEDICOS+A+LIDAR+COM+CRIANCAS+QUE+SOFREM+DE+AUTISMO.html

Palestra CORDE-DF: Qualidade no atendimento à pessoa com deficiência


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Sexualidade Especial

Sexualidade Especial

Géssica Hellmann


Neste artigo abordo a orientação sobre a sexualidade de crianças e adolescentes especiais, como, por exemplo, portadores de Síndrome de Down e Cadeirantes. Sabemos que a sexualidade em si já é encarada com certo preconceito. Falar sobre ela já gera polêmica, imagine abordar este assunto no contexto de pessoas especiais.
Segundo Trabbold (2006) "Por medo de expor o adolescente a riscos físicos e emocionais, muitos pais negam a existência do problema e preferem encarar o filho como um "anjo assexuado". Por outro lado, os profissionais das instituições especializadas tendem a rotulá-los como pessoas hipersexualizadas, que não têm autocontrole".
Segundo a autora, uma pesquisa feita pelo psicólogo Hugues Costa da França Ribeiro, comprovou o que sua experiência de dez anos na área já havia lhe ensinado: que eles têm desejo sexual, anseiam por uma relação afetiva e que são capazes de aprender a lidar com sua própria sexualidade.


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O Pedagogo Na Educação Da Criança Autista

Avaliação pedagógica

INTRODUÇÃO

Ao abordar o aspecto educativo de indivíduos portadores da Síndrome de Autismo, faz-se necessário, uma retrospectiva histórica, passando pela seleção natural, eliminação de crianças mal formadas ou deficientes em várias civilizações, marginalização e segregação promovidas na Idade Média, até um período marcado por uma visão mais humanista na Europa após a Revolução Francesa; para se chegar ao século XIX, aos primeiros estudos sobre deficiências.O diagnóstico sobre autismo apresenta algumas controvérsias, assim como sua própria definição.

No entanto, apresentaremos, três definições que podemos considerar como adequadas:

A da ASA – American Society for Autism (Associação Americana de Autismo);
A da Organização Mundial de Saúde, contida na CID-10 (10a. Classificação Internacional de Doenças), de 1991);
A do DSM-IV - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais), da Associação Americana da Psiquiatria. A síndrome do autismo pode ser encontrada em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social.

Não se conseguiu até agora provar nenhuma causa psicológica, ou no meio ambiente destas pessoas que possa causar o transtorno. Os sintomas, causados por disfunções físicas do cérebro, podem ser verificados pela anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o indivíduo, estas características são: Distúrbios no ritmo de aparecimento de habilidades físicas, sociais e lingüísticas; Reações anormais às sensações, ainda são observadas alterações na visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo; Fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Certas áreas específicas do pensar, presentes ou não.

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http://www.webartigos.com/articles/4113/1/o-pedagogo-na-educacao-da-crianca-autista/pagina1.html

Falando de Autismo


"A convivência com as outras crianças é importantíssima para os nossos filhos aprenderem de tudo com os colegas e irmãos. Isolar um autista é o mesmo que reforçar seus rituais, medos e aumentar as suas dificuldades, principalmente socialização, linguagem.Tenho observado que a convivência com crianças um pouco mais velhas melhora mais ainda esta socialização. Mas a aprendizagem precisa mesmo de classe especial.Melhor explorar o que o seu filho gosta e dar asas para a imaginação e para o aprendizado."


Falando de Autismo

Autistas precisam de psiquiatras, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos e adjacentes competentes, que não fiquem praticando autofagia, cada um querendo deter monopólio de saberes, mas sim aprimorando experiências.

Por Nilton Salvador*


Até pouco tempo atrás, falar de autismo era um assunto que não provocava interesse jornalístico, pois não justificava discussões nas redações, até que a partir de meados de 2005 a mídia norte americana começou a elevar as pautas da síndrome infantil para a categoria de doença, sugerindo que estava em curso uma epidemia mundial do distúrbio, aumentando a carga de preocupação sobre os conceitos existentes e indefinidos em relação às características dos portadores.Além de não passar de mais uma enganação alarmista para pais e responsáveis precariamente informados sobre o autismo em nosso país, onde ainda não há órgãos oficiais de saúde para cuidados específicos, sabe-se lá que interesses estariam por detrás daquelas notícias falsas, já que os índices de portadores diagnosticados no mundo, são os mesmos há mais de três décadas, e esse tempo fica bem próximo da descrição da síndrome por Leo Kanner, psiquiatra infantil da John Hopkins University em 1943.Infelizmente no Brasil, o autismo começou a ficar mais conhecido, quando alguns políticos que surfaram nas ondas das CPIs de corrupção e imoralidade, se utilizavam dele para desqualificar o presidente da República, ministro, senador, deputado estadual, federal e personalidades, estabelecendo um adjetivo que por pouco não vira moda.

Felizmente, numa cruzada silenciosa: pais, associações, grupos de discussão na internet no mundo inteiro e movimentos pró autistas, conseguiram conter a onda, pois muitos daqueles políticos e outros que se utilizaram do autismo para caracterizar alguém com um "defeito", desconheciam a condição médica do mesmo. Alguns profissionais da saúde em autismo ao invés de orientar, invertem situações para os pais, fazendo-os crer que o portador não se relaciona com outra pessoa que não seja igual a ele, incluindo propensões para outras síndromes especialmente na adolescência, de acordo com seu arbítrio, por falta de preparo técnico e experiência.Enquanto isso, o autista e seus pais continuarão pagando o alto preço do seu aprendizado que deveria ter a definição da causa da síndrome vindo da escola de formação do profissional, para manter a esperança da cura de um quadro psicológico abstrato sem precedentes.

Em condições normais, nós, pais de autistas ou não, não precisávamos estar nos engalfinhando com políticos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, rogando que se altere o artigo do projeto do Estatuto do Deficiente, onde está definido o autismo como deficiência, pela expressão: transtorno global do desenvolvimento, abrangendo outras síndromes, evitando que fiquem fora da proteção da lei.
O autismo pode também ser uma proposta de educação, pois é de função pedagógica. Tudo que se faz pelo autista é orientado para educá-lo dentro dos princípios da pedagogia, não podendo ser visto como uma sina de caráter assistencialista, mas sim como uma linha reta de bom senso, merecedor de confiança.Autistas precisam de psiquiatras, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos e adjacentes competentes, que não fiquem praticando autofagia, cada um querendo deter monopólio de saberes, mas sim aprimorando experiências até para o governo a exemplo do que acontece em outros países onde a saúde é levada a sério.Autistas não devem ser catalogados apenas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico ao receberem o seu diagnóstico, e que seus pais não se deixem levar pelo imediatismo, aceitando docilmente prescrições que seus efeitos colaterais os levem do seu estado natural para situações perturbadoras.
Não podemos esquecer que nossos filhos autistas ou não, só vieram através de nós. Cada autista é único, vêm com sua própria personalidade, talentos e pensamentos.


* Nilton Salvador é pai de autista, reside em Curitiba, Paraná.